Alessandra Netti, psicóloga e neuropsicóloga
Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Música, vamos juntos refletir um pouquinho sobre a grandiosidade que esses sons fazem na nossa vida.
Recentemente, eu e a Carla tivemos o prazer de conhecer melhor a Momento Musical – Escola de Música http://momentomusical.com.br/, aqui em Piracicaba, pois a Luisa está começando a fazer aula de canto; e o Gustavo, aula de saxofone. Ficamos encantadas com o que vimos e felizes por ver nossos filhos interessados em uma atividade tão bacana, tão valiosa.
Foi isso também que me motivou a falar sobre a importância da música – não só do ponto de vista cultural, mas, sobretudo, de como ela está relacionada com nosso cérebro.
Você já parou para pensar que a música está na nossa vida desde quando nascemos até quando estamos partindo?
E que algumas pessoas são mais auditivas e musicais do que outras?
Me lembro quando meu filho tinha apenas 9 meses, sentado no cadeirão. Eu comecei a mexer o suco na jarra e, de repente, ele estava dançando como se eu estivesse fazendo uma música.
Cantar com nossos bebês ainda na barriga ajuda muito a deixá-los tranquilos e mais perceptivos.
Depois que eles nascem, mesmo sem pararmos para pensar, estamos cantando para niná-los em nossos braços.
Eles começam a ir para a escolinha e o mundo musical já faz parte integral da vidinha deles também.
Tudo isso parece muito romântico, mas, na verdade, temos uma realidade científica por traz de tudo isso e hoje sabemos quais áreas do cérebro estão sendo ativadas quando apreciamos a música.
Em todas as culturas e em todos os tempos da humanidade, a música fez e ainda faz parte da vida do ser humano. E hoje se sabe que a música ativa mais áreas da mente do que qualquer outro estímulo. Pois ela está envolvida com movimentos, planejamento, atenção, aprendizagem e memorização.
Fundamental na transmissão de neurotransmissores para nosso sistema, como por exemplo, a dopamina que induz à alegria e motivação, ou sendo capaz de melhorar nosso humor e diminuir a ansiedade.
A música é capaz de trazer de volta a memórias de um cérebro lesionado ou uma pessoa do coma. Alivia a dor tornando desnecessário o uso de medicamentos.
O Corpo caloso, área que conecta o hemisfério direito com o hemisfério esquerdo, chega a aumentar de tamanho, favorecendo essa comunicação entre os hemisférios.
A música nos leva às lágrimas, ao riso e a alteração nas ondas cerebrais.
Temos tantas coisas boas para falar sobre a música e seus efeitos que proponho um espaço aqui do blog para explorarmos mais esse tema. O que acham?!
Sigamos nossa semana e fim de semana com belos fundos musicais!!
Até a próxima!!